Dia de Campo promovido pela Unijuí reúne mais de 400 pessoas


O Dia de Campo foi realizado com a demonstração de práticas em cinco estações montadas no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (Irder), área experimental da Unijuí.


Dia de Campo realizado pela Unijuí com apoio da Rede Leite mostra alternativas para melhoria da atividade leiteira

 Mais de 400 pessoas participaram do Dia de Campo Pastagens e Produção de Leite realizado na última terça-feira (15/05), no município de Augusto Pestana (RS). Promovido pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), o evento recebeu apoio da Rede Leite, programa que reúne diferentes instituições de pesquisa e extensão visando o desenvolvimento de sistemas de produções leiteiras na região Noroeste do Rio Grande do Sul. A maioria dos participantes foi formada por produtores de leite da região, mas contou também com a presença de cerca de 50 técnicos da Emater/RS-Ascar, professores, pesquisadores da Embrapa Pecuária Sul e estudantes universitários.

 Segundo o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Gustavo Martins da Silva, a ideia em realizar este tipo de ação está justamente na possibilidade de mostrar aos produtores e técnicos os resultados das pesquisas em andamento. “A Rede Leite, desde que foi criada, busca unir a pesquisa ao desenvolvimento da bacia leiteira da região. Para tanto, é preciso que os resultados destas pesquisas cheguem à produção, seja por meio da assistência técnica, ou dos próprios produtores”, ressaltou o pesquisador. Já o Gerente Regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, Geraldo Kasper, destacou a oportunidade para os produtores em conhecer na prática o que pode ser melhorado na sua atividade. “Desde o início desse trabalho, estamos percebendo um importante aumento na produtividade na região e sabemos que existe um potencial ainda grande para crescer”, afirmou.

O Dia de Campo foi realizado com a demonstração de práticas em cinco estações montadas no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (Irder), área experimental da Unijuí. Duas estações trataram especificamente de manejo de pastagens, com experimentos realizados com o objetivo de buscar alternativas de alimentação para o gado em período de pouca oferta, como o outono. O professor da Unijuí, Adriano Rudi Maixner, apresentou seu experimento de viabilidade da utilização de espécies tropicais de forrageiras. No total ele cultivou 22 espécies diferentes em pequenas parcelas, mostrando quais seriam viáveis na região. Já o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Gustavo Martins da Silva, apresentou o resultado de quatro manejos diferenciados em uma pastagem de Tifton diferida: a primeira com a recolocação de animais um mês após a diferenciação; a segunda roçada 15 dias depois da retirada dos animais; outra roçada um mês depois e por último uma parcela sem nenhuma intervenção.

Já em relação ao manejo de animais, foram apresentadas duas estações. Na primeira, a professora na Unijuí, Denize da Rosa Fraga, mostrou uma metodologia para o acompanhamento do crescimento das terneiras. Segundo ela, este tipo de ação é de extrema importância para verificar se os animais estão se desenvolvendo de acordo com o esperado e, caso contrário, descobrir os motivos disso não estar acontecendo. A também professora da Unijuí, Luciene Marins, demonstrou como deve ser feita a verificação da condição corporal das vacas em diferentes períodos, ressaltando os cuidados que se deve ter com a alimentação dos animais.

A quinta estação apresentada no evento teve como objetivo mostrar as interações planta-solo. Apresentada pelo pesquisador da Embrapa, Leandro Volk, na estação foi possível observar a relação entre pastagens manejadas de forma mais recomendadas e a qualidade da planta e do solo. A demonstração foi feita com dois blocos de solo, sendo que um mostra um pasto diferido e com bom manejo, e outro que passou por grande carga de animais, sendo que no primeiro é possível verificar um sistema radicular bem mais desenvolvido. “Toda planta tende a manter um equilíbrio entre a parte aérea e a subterrânea. Desse modo, quando se deixa uma pastagem descansar, o sistema radicular cresce e apresenta uma série de vantagens, como maior capacidade de retirar água do solo, mais facilidade para escoamento e retenção da água da chuva e melhor absorção de nutrientes”, ressaltou Volk.

 

Informações

Assessoria de Imprensa da Embrapa Pecuária Sul

Jornalista Fernando Goss