Rede Leite quer segurança e conforto para quem ordenha vacas
Dores nas costas, barro, desconforto, a rotina de 90% das pessoas que tiram leite pode ser diferente.
- 11/04/2012 16:39 - Atualizado em 12/04/2012 15:32
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Equipe da Emater/RS-Ascar analisa maquetes de salas de ordenha
Dores nas costas, barro, desconforto. Essa rotina estressante atinge 90% das pessoas que tiram leite na Região Noroeste, segundo a Emater/RS-Ascar. “Não precisa ser assim”, garantiu o engenheiro agrônomo da instituição, Pedro Urubatan Neto da Costa.
Urubatan faz parte de um grupo de profissionais que vêm estudando alternativas para amenizar o sofrimento dos produtores e dos animais na hora da ordenha. Os debates têm ocorrido no âmbito da Rede Leite.
O problema, segundo Urubatan, é antigo, porém não fazia parte das reflexões dos profissionais e, tampouco, dos produtores. “O foco sempre foi a qualidade do leite, que é, sem dúvida, importante, mas a preocupação com o bem-estar das pessoas também é fundamental”, alertou o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar.
Engana-se quem pensa que a melhoria do sistema depende de muito dinheiro. As salas de ordenha já existentes podem, segundo Urubatan, serem adaptadas. Ele sugere que as construções tenham três ambientes, sala de espera, sala de ordenha e sala do leite. O ideal é que a sala de espera seja calçada para evitar que os animais fiquem amassando barro, ambiente propício à proliferação de bactérias. Na sala de ordenha, o recomendado é que o fosso - que permite ao produtor permanecer em pé durante a ordenha -, fique no mesmo nível da sala do leite (onde fica o resfriador). Assim, o tarro cheio de leite pode ser arrastado até o resfriador, poupando, especialmente as mulheres, do penoso exercício diário de erguer dezenas de litros nas costas.
Embora muitos produtores afirmem não ser um problema, a Emater/RS-Ascar não recomenda o uso de rampas na entrada e saída da sala de ordenha. As rampas, segundo os técnicos, deixam as vacas nervosas e inseguras, além do risco de elas resvalarem e se machucaram. Isso pode ser evitado se o fosso onde fica o produtor for escavado abaixo do nível do terreno.
Os fundamentos das construções também se baseiam na tradicional posição solar. Para evitar excesso de calor e desconforto, o recomendado é que a sala de ordenha fique no lado leste (menos exposta ao sol) e a sala do leite, onde fica o resfriador, no lado oeste. Para não prejudicar o resfriamento do leite, que estará na parte mais quente do prédio, Urubatan recomenda o plantio de árvores próximo a sala do leite.
Informações
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar Regional de Ijuí
Jornalista Cleuza Noal Brutti
(55) 3333 8040
www.emater.tche.br
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