Governador brinda em Ijuí pela assinatura do decreto que regulamenta Lei do Leite

O objetivo é coibir fraudes e adulterações e ampliar as exportações.

Sartori brinda com leite pela regulamentação da Lei criada por "muitas mãos".

O governador José Ivo Sartori brindou com leite nesta sexta-feira (24/06), em Ijuí, pela assinatura do decreto que regulamentaa lei que institui o Programa de Qualidade de Produção do leite, chamada Lei do Leite. O objetivo é coibir fraudes e adulterações e ampliar as exportações. A assinatura do documento ocorreu durante o 1º Fórum Estadual do Leite – Rumo Excelência, evento alusivo ao Dia Internacional do Leite, comemorado nesta sexta-feira. “É preciso que o controle não seja apenas policial, judicial, do Ministério Público, o controle precisa ser feito por todos os envolvidos na cadeia produtiva do leite”, disse Sartori.

O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de leite do Brasil, com produção anual de 4,6 bilhões de litros.

De acordo com a Lei do Leite, sancionada pelo Governador em janeiro deste ano e que passa agora a ser regulamentada por decreto, são permitidos a fiscalização e o controle do setor leiteiro em todas as etapas de produção – coleta, transporte e comercialização. “O objetivo é termos um compartilhamento de responsabilidade, para que possamos preservar os bons produtores e excluir aqueles que não trabalham com a seriedade necessária para o setor”, disse o secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Ernani Polo.

O secretário da Seapi elogiou o esforço coletivo empregado na construção da Lei do Leite, “um trabalho construído por muitas mãos”. Polo mencionou o empenho da equipe técnica da Seapi, entidades representativas dos agricultores, indústria e Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.

O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados no Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS), Alexandre Guerra, vislumbrou durante o Fórum novos horizontes para o leite gaúcho. “Exportamos 60% da nossa produção para outros Estados e mercado externo, ainda temos muitoa conquistar com a abertura dos mercados chineses e russos”, disse Guerra.

Para resolver problemas, como a redução da taxa de lucro devido à elevação dos custos de produção e a concorrência internacional pelo consumo, o presidente do Sindilat-RS defendeu a união do setor leiteiro. “É hora de deixarmos de lado rusgas e embates históricos e trabalharmos juntos por uma produção mais forte e, consequentemente, um Estado mais forte”, disse.  

O gerente da Emater/RS-Ascar da região administrativa de Ijuí, Carlos Turra, expressou confiança na nova lei, que, segundo ele, deverá trazer mais transparência à cadeia produtiva do leite. “Perdemos mercado em função de todos os transtornos que ocorreram no passado”, completou o gerente adjunto regional da Emater/RS-Ascar, Vito Cembranel.

O evento, realizado no Salão de Atos da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), foi uma iniciativa do Sindilat-RS, Sistema Farsul, Fetag e Canal Rural, com apoio da Embrapa, Fecoagro, Setrem, Emater/RS-Ascar, Famurs, IGL, Ocergs e Seapi. 

No segundo semestre, o Fórum, que é itinerante, deverá chegar às demais regiões para fomentar o debate no Estado. 

Números

De acordo com o assistente estadual em Sistemas de Produção Animal da Emater/RS-Ascar, Jaime Ries, 198 mil famílias produzem leite no Estado, das quais 84 mil, estão vinculadas à indústria.

A região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí – engloba 46 municípios dos Coredes Celeiro, Noroeste Colonial e Alto Jacuí-, é a maior produtora estadual de leite. São 844,2 milhões de litros/ano produzidos nessa região, onde a produtividade média está entre as mais altas do país, 3.858 litros/vaca/ano, superando a média da produtividade de leite no Brasil, que se aproxima dos 1.525 litros/vaca/ano, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Informações

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar Regional de Ijuí

 

Jornalista Cleuza Noal Brutti

 

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