Rede Leite promove encontro em Saldanha Marinho



Encontro na Unidade de Observação da família Weber.

Agricultores familiares de sete municípios do Noroeste gaúcho estiveram em Saldanha Marinho, no dia 03 de julho, para conhecer o sistema de produção de leite da família Weber, na comunidade Passo Felipa, uma das mais de 60 pequenas propriedades rurais que fazem parte da Rede Leite – Programa em Rede de Pesquisa-desenvolvimento em Sistemas de Produção com Atividade Leiteira no Noroeste do RS.

Também participaram do encontro, na propriedade de Ervino Weber, as professoras da Universidade de Cruz Alta, Rosane Felix e Janete Schubert, supervisora da microrregião administrativa da Emater/RS-Ascar de Cruz Alta, Monique Chaves, e médico veterinário da Emater/RS-Ascar, OldemarWeiller.

As visitas fazem parte da metodologia da Rede, que têm o objetivo de ampliar o olhar dos agricultores, fazendo-os comparar as estratégias que adotam em casa com as estratégias e realidades encontradas nas propriedades dos outros agricultores da Rede Leite.  

Roteiro

Um café da manhã deixou o grupo ainda mais animado para ouvir com interesse a história de vida da família Weber, com altos e baixos de uma vida dedicada ao trabalho.

 Ainda pela manhã, o grupo caminhou pela propriedade, onde pode observar a pastagem, Áreas de Preservação Permanente, sala de ordenha, entre outras particularidades que serviram para alimentar o debate que transcorreu durante o dia.

 Cenário para o leite

Segundo a extensionista Melissa Bock, 61 famílias estão sendo assessoradas pela Emater/RS-Ascar no município. A Instituição é parceira do poder público municipal para qualificar a produção de leite e também executa ações do governo federal, como a chamada Pública do Leite, que beneficia 26 famílias em Saldanha Marinho. Têm prioridade no atendimento, os agricultores que correm risco de abandonar a atividade.

Conforme o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), 89% da produção gaúcha de leite têm origem na Agricultura Familiar. No Brasil, os pequenos agricultores respondem por 58% dos 30.7 bilhões de litros produzidos anualmente.

No entanto, o cenário brasileiro atual aponta para a baixa produção, deficiência nas instalações, grandes diferenças no preço, problemas sanitários, perda da fertilidade do solo, baixa renda e idade avançada das famílias envolvidas com a produção de leite.

Segundo dados levantados pela Emater/RS-Ascar, na região administrativa de Ijuí – abrange os Coredes Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial -, os principais problemas apontados pelos agricultores familiares são a falta de mão de obra, reduzida escala de produção, falta de boas estradas e energia elétrica e desinteresse de parte da indústria.

Ainda segundo a Emater/RS-Ascar, na região administrativa de Ijuí encontra-se o maior rebanho leiteiro do Estado, de aproximadamente 218 mil cabeças, onde predominam as raças holandesa, cruzada (holandesa com jersey) e jersey.

Informações

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar Regional de Ijuí

Jornalista Cleuza Noal Brutti