Começa em Cruz Alta curso que orienta a ver com olhar sistêmico


Trata-se do primeiro de uma série de cursos sobre Abordagem Sistêmica


Olhar sistêmico é tema de curso de formação continuada.

A propriedade rural e a família que vive nela são únicas e as tecnologias e o jeito de trabalhar de cada uma podem não servir para todas. Como resistir à tentação de oferecer a mesma “receita” técnica e tecnológica para “dores” diferentes?

 Uma alternativa estará sendo debatida nesta quinta e sexta-feiras (25 e 26/06), no campus da Universidade de Cruz Alta (Unicruz), a partir das 8h30min. Trata-se do primeiro de uma série de cursos sobre Abordagem Sistêmica em Unidades de Produção Familiar em um Processo de Pesquisa-desenvolvimento. 

 A capacitação continuada é oferecida aos extensionistas da Emater/RS-Ascar da região administrativa de Ijuí – Coredes Alto Jacuí, Noroeste Colonial e Celeiro -, pela Rede Leite – Programa em Rede de Pesquisa-desenvolvimento em Sistemas de Produção com Atividade Leiteira no Noroeste do Rio Grande do Sul.

 Segundo o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Gustavo Martins da Silva, o objetivo do curso é qualificar o olhar dos extensionistas no momento em que eles são convidados a entrar na propriedade rural. A abordagem sistêmica, segundo Silva, é uma das metodologias da Pesquisa-desenvolvimento – corrente teórica de cunho francês -, que auxilia os profissionais a enxergar além do que eles estão vendo na lavoura e nos piquetes dos animais.

 Os sonhos da família, dificuldades, preocupações, saúde, por exemplo, também seriam fatores que interferem no resultado econômico e na continuidade do negócio e, portanto, não poderiam passar despercebidos.

 Ainda segundo o pesquisador da Embrapa, a abordagem sistêmica “quebra” com a lógica de que o técnico ou o pesquisador são os donos da verdade. O agricultor, e ninguém melhor que ele, conhece profundamente a sua unidade de produção, pois, todos os dias observa as mudanças que o tempo opera na natureza.

 O diálogo e o respeito, na abordagem sistêmica, são essenciais.

 Pesquisa-desenvolvimento

 A Pesquisa-desenvolvimento se apresenta como uma possibilidade diferente a do método analítico.

 O método analítico, que deriva dos princípios da física clássica, tão bem fundamentados por Galileu e Descartes e que propõe o estudo das partes, dissociadas do todo, não estaria dando conta de analisar um objeto tão complexo como é uma unidade de produção familiar.

 Antes de negar os benefícios do método analítico, a Rede Leite propõe ampliar e potencializar seus resultados, buscando na Pesquisa-desenvolvimento fundamentos que faltam ao método analítico: enfoque sistêmico, abordagem interdisciplinar, análise dinâmica e participação.

 Rede Leite

Fazem parte da Rede Leite: Emater/RS-Ascar, Embrapa, Unicruz, Unijuí, Ufsm, Instituto Federal Farroupilha – campus Santo Augusto, Fepagro, Cooperfamiliar e Rede Dalacto.

 Informações

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar Regional de Ijuí

Jornalista Cleuza Noal Brutti

Fone: (55) 3333 8040