Má postura na mira do curso de Fisioterapia da Unicruz


Dor nas costas é uma das queixas mais pronunciadas pelos agricultores.


Texte com flexibilidade.

 

Dor nas costas é uma das queixas mais pronunciadas pelos agricultores que tiram leite todos os dias. Para investigar as causas desse e de outros incômodos associados à má postura, pesquisadores do curso de Fisioterapia da Universidade de Cruz Alta (Unicruz), começaram nesta quarta-feira (25/02), no campus da Unicruz, a coleta de dados para dois trabalhos, coordenados pela professora Themis Leal de Carvalho. Os agricultores, antecipou Themis, terão de “praticar exercícios diários de alongamento para haver progresso na qualidade de vida”.

 Os projetos Integralidade na atenção à saúde postural em trabalhadores rurais na atividade leiteira e Força máxima de preensão manual dos trabalhadores rurais na atividade leiteira, antes e após um programa de cinesioterapia: análise através da curva força-tempo, irão coletar dados sobre a saúde de 28 agricultores familiares, que moram em sete municípios do Noroeste Colonial e Alto Jacuí.

 Os estudos aproximam pesquisa e extensão rural e têm o incentivo do Grupo Social da Rede Leite - Programa em Rede de Pesquisa-desenvolvimento em Sistemas de Produção com Atividade Leiteira no Noroeste do Rio Grande do Sul, do qual participam a Unicruz e pequenos agricultores envolvidos na pesquisa.

 Também apóiam o projeto de pesquisa, a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do seu Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano, e a Emater/RS-Ascar, por meio da Rede Leite.

 O grupo de 11 pesquisadores, inclui líderes, bolsistas e voluntários, esteve presente no encontro inaugural desta quarta-feira.

 As atividades físicas, segundo explicaram os pesquisadores, serão complementares aos testes aplicados para medir a força das mãos, por meio de um aparelho chamado dinamômetro, e a postura do corpo, com auxílio de fotografias (biofotogrametria), entre outros.  

 Os estudos contarão ainda com o apoio do professor Noé Borges Junior e do mestrando Lincoln da Silva, ambos da Udesc. Eles irão colaborar na aplicação dos testes e diagnóstico dos resultados. “A perda da força nas mãos afeta também a qualidade de vida dos indivíduos”, lamentou o professor da instituição catarinense.

 Teste

O agricultor José Elias da Rosa, de 53 aos, trabalha desde criança no meio rural. Nesta quarta-feira, Rosa foi uma das pessoas avaliadas e, embora alegasse não sentir dor durante o trabalho diário, teve dificuldades em cumprir os testes de flexibilidade. “Recebi o convite para participar das pesquisas e achei importante, porque também vou ver como está a minha saúde”, disse o agricultor.

 No decorrer deste semestre, Rosa e os demais agricultores também participarão de encontros e oficinas pedagógicas, de caráter educativo.

 Em maio, dia 19, a Unicruz irá fazer a última coleta de dados da pesquisa.

  

Informações: Assessoria de Imprensa da Unicruz

 Edição: Rede Leite