BNDES e Cooperycumã firmam contrato de 2 milhões
Parte dos recursos será usado para construir posto de resfriamento.
- 08/05/2014 16:26 - Atualizado em 08/05/2014 16:36
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O contrato firmado entre a Cooperyucumã e o BNDES tem vigência de dois anos.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, irá liberar R$ 2 milhões para a Cooperativa Mista Yucumã (Cooperyucumã), com sede em Derrubadas, no Noroeste gaúcho. O contrato foi assinado na quarta-feira (7/5), no gabinete do prefeito Almir Bagega. “É um momento de felicidade, porque este recurso será investido no município”, comemorou o prefeito.
“É o segundo maior recurso público para o município de Derrubadas, obtido por meio do DRS (Desenvolvimento Regional Sustentável)”, disse o gerente do Banco do Brasil da agência de Tenente Portela, Iberoni Ramos.
Em outubro de 2010, a Emater/RS-Ascar começou a elaborar o Projeto Melhoria da Logística de transporte e o resfriamento do leite da Cooperyucumã de Derrubadas-RS, que resultou na assinatura do contrato. O projeto consumiu muitas horas de sono. “Qualquer coisa fora do lugar não passaria pelos analistas”, disse o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Fábio Eickhoff.
No final do ano passado, portanto três anos após ter sido iniciado, o projeto encaminhado por meio do DRS Bovinocultura de Leite do Banco do Brasil foi aprovado pelo BNDES e ratificado nesta quarta-feira. “Ter o aval do Banco do Brasil e do BNDES é o coroamento do trabalho que vem sendo feito, desde 2007, na busca da qualidade e da venda coletiva do leite”, disse o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar.
Até a criação da Cooperyucumã, em 2008, os produtores vendiam leite de forma individual. Naquela época, a maioria das famílias (92%) que hoje são cooperativadas recebia renda inferior a dois salários mínimos. Em seis anos, a maioria dos associados obteve um aumento significativo no preço do leite, em torno de R$0,15/litro.
“Eu noto uma evolução na gestão contábil e financeira da cooperativa”, elogiou a administradora de empresas da Emater/RS-Ascar e coordenadora do Núcleo de Cooperativismo de Ijuí, Silvana de Mattos, que há dois anos presta assessoria para a Cooperyucumã por meio do Programa de Extensão Cooperativa, do Governo do Estado.
O contrato
O contrato firmado entre a Cooperyucumã e o BNDES tem vigência de dois anos. Os recursos sairão do Fundo Social do BRDES e não serão devolvidos ao banco. “O compromisso é maior ainda, quando se trata de dar retorno à sociedade do dinheiro público investido”, destacou Eickhoff.
A cooperativa, por sua vez, precisará comprovar a aplicação do dinheiro, empenhado na construção de um posto de resfriamento de leite, na compra de três caminhões para recolhimento de leite nas propriedades rurais, resfriadores de leite a serem emprestados para famílias de baixa renda, veículos para assistência técnica, e 32 cursos sobre manejo e qualidade do leite, para produtores, e sobre gestão cooperativa, para dirigentes da Cooperyucumã.
Atualmente, a Cooperyucumã paga para terceiros fazerem a coleta do leite nas propriedades rurais. O leite recolhido dos associados tem de ser transportado até a cidade de Erval Seco, onde é resfriado no posto de uma outra cooperativa. “Quando tivermos nosso posto de resfriamento, pagaremos as despesas e o que sobrar poderá ser repassado ao nosso associado”, projetou o presidente da Cooperyucumã, Derli Vendrúsculo.
Também participaram do encontro, na Prefeitura de Derrubadas, a vereadora e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Elenir Barasuol, secretário municipal de Agricultura, Marcos Steinke, extensionistas da Emater/RS-Ascar, Carlos Kirst e Daniel Anklan, e dirigentes da Cooperyucumã.
Informações
Assessoria de Informação da Emater/RS-Ascar Regional de Ijuí
Jornalista Cleuza Noal Brutti
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