Capim Pioneiro é testado na produção de leite em Chiapetta


Pioneiro é resultado de melhoramento genético


Mudas foram adquiridas em Derrubadas

Incentivado pela Emater/RS-Ascar, pequeno produtor de leite de Chiapetta, Evandro de Assis de Almeida, começa a testar, na propriedade situada em São Judas Tadeu, as particularidades do capim Pioneiro, considerado a primeira cultivar desenvolvida no mundo para uso específico sob pastejo, segundo a Embrapa Gado de Leite. “Quero ver como o Pioneiro se adapta no município”, disse Almeida.

 A cultivar Pioneiro, segundo o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Daniel da Costa Soares, se destaca pela “rapidez de crescimento após o pastejo, grande capacidade de perfilhamento na base e na parte aérea, rápida expansão do diâmetro da touceira, ocupando os espaços vazios da pastagem e resultando em maior cobertura do solo e maior disponibilidade de folhas para o gado”. Outros dois fatores foram enumerados pelo agrônomo da Emater/RS-Ascar, “o grande poder germinativo das estacas, possibilitando a implantação de pastagens sem falhas, e a boa aceitação dos animais”.

 Ainda segundo Soares, para se chegar ao Pioneiro foram necessários anos de trabalho de melhoramento genético dedicados pela Embrapa Gado de Leite ao Programa de Melhoramento Genético de Plantas Forrageiras. As pesquisas teriam sido realizadas a partir das variedades Três Rios e Mercker. A iniciativa dos técnicos da Emater/RS-Ascar, de diversificar a oferta forrageira em Chiapetta, levou em conta a relevância social e econômica da atividade leiteira para 350 famílias. No município, com pouco mais de quatro mil habitantes, existem aproximadamente 3.500 matrizes leiteiras com produção média de 1.260.000 litros de leite/mês.

 As mudas de Pioneiro que estão sendo implantadas em Chiapetta, foram adquiridas na propriedade de João Tamiozzo, em Derrubadas, onde a área cultivada com o capim passa de 100 hectares.

 Manejo

Após a implantação da cultura, quando as plantas atingirem entre 1,60 m a 1,80 m de altura, recomenda-se realizar um pastejo suave para uniformização da pastagem, seguido de uma roçada na altura de 20 cm. O início do pastejo rotativo ocorrerá quando a pastagem atingir novamente cerca de 1,60 m de altura. Para acelerar o crescimento da pastagem, deve-se evitar a ocorrência de superpastejo, deixando um resíduo de 10 a 15% de folhas.

  

Informações

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar Regional de Ijuí

Jornalista Cleuza Noal Brutti

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