Rede Leite faz última reunião do ano e projeta ações para 2013


Evento ocorreu na Unicruz, com a presença de representantes das instituições que integram o programa


Encontro foi realizado no Salão Nobre da universidade

O Salão Nobre do campus da Unicruz sediou a última reunião ordinária do Programa Rede Leite neste ano. Na quarta-feira (12/12), integrantes das instituições que fazem parte do programa avaliaram as atividades desenvolvidas em 2012 e projetaram ações para o ano que vem, dentre elas, aproximação com prefeituras e secretarias municipais de agricultura.

O primeiro dos sete Grupos Temáticos a se pronunicar foi o GT Ambiental. A engenheira agrônoma da Unicruz, Jana Koefender, disse que o grupo pretende fazer um diagnóstico nas 68 Unidades de Osbervação da Rede Leite, para identificar a paisagem e a qualidade da água disponível nas propriedades. Contudo, segundo Jana, o diagnóstico precisa ser validado ainda enquanto intrumento de pesquisa. O Grupo Ambiental também está articulando um seminário, em fevereiro do próximo ano, para tratar destas propostas.

O GT Forrageiras explanou aos demais integrantes da Rede Leite questões relacionadas aos ensaios forrageiros de inverno e verão. O pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Gustavo Martins da Silva, explicou que o grupo pretende transmitir os resultados dos experimentos aos demais integrantes do programa.

Já a professora da Unicriz, Cláudia Mera,  do GT Econômico, destacou, dentre os projetos que estão em andamento, o Projeto de Viabilidade Econômica de Instalação de Biodigestor em Propriedade Familiar: uma alternativa de sustentabilidade rural no Alto Jacuí, que será desenvolvido na Unidade de Observação do agricultor Valdir Jacoby, em Selbach. O segundo projeto em andamento é o Processo de Gestão da Atividade Leiteira com enfoque na alimentação animal nas unidades de produção familiar do Corede Alto Jacuí. Conforme Cláudia, foram disponibilizados para a execução desse projeto R$ 60 mil, em um período de seis meses. A metodologia utilizada se baseia na Planilha de Sistematização da Produção (PSP) desenvolvida pela Emater/RS-Ascar. A pesquisa contemplará os municípios de Saldanha Marinho, Ibirubá, Selbach, Quinze de Novembro, Boa Vista do Incra, Fortaleza dos Valos e Salto do Jacuí.

O GT Social apresentou, tendo como base os quatro eixos principais – gênero, sucessão familiar, envelhecimento e saúde e qualidade de vida – os resultados obtidos até agora na pesquisa Condições de saúde, sociabilidade e trajetória de vida de idosos produtores rurais, o qual já finalizou entrevistas em dois municípios: Cruz Alta e Fortaleza dos Valos. Outro projeto,  Qualidade de vida das famílias rurais envolvidas na atividade leiteira em município do Noroeste Colonial e Alto Jacuí, deverá ser concluído nos próximos dois anos. Uma novidade: a partir do ano que vem, o GT Social anunciou que fará suas reuniões nas propriedades rurais (UOs), com o intuito de se aproximar das famílias rurais.

O GT Qualidade do Leite e Sanidade Animal sugeriu a criação de material informativo para o trabalho de campo, como folderes, que possam orientar os agricultores. Para o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Gilberto Bortolini, ao se tratar de qualidade do leite, é importante identificar os problemas de cada produtor, pois há diferentes dificuldades em cada propriedade. E os grupos da Comunicação e Fora da Porteira, criados recentemente, revelaram seus esforços de articulação entre os integrantes e reuniões para traçar estratégias a fim de alavancar os trabalhos em 2013.

Necessidade é de aproximação com as UOs

Outro ponto abordado na reunião foi a aproximação dos Grupos Temáticos com o trabalho desenvolvido nas Unidades de Observação da Rede Leite. Um depoimento que valeu como exemplo veio da coordenadora de Bem-Estar Social da Emater/RS-Ascar da região administrativa de Ijuí, Márcia Barboza Breitenbach. Ela contou que a estratégia adotada no Encontro da Rede Leite em Inhacorá, no mês de outubro, foi convidar o sociólogo da Embrapa Pecuária Sul, Jorge Sant’anna, para debater questões de sucessão rural. “O evento foi muito bem avaliado e motivou os participantes a interagirem”, disse Márcia.

Outra sugestão partiu da professora da Unijuí, Luciane Martins. Ao participar de alguns encontros da Rede Leite, ela observou que os agricultores conhecem bem os problemas que têm na atividade leiteira. “Precisamos apontar soluções para estas dificuldades que eles enfrentam. Por isso, seria interessante visitarmos a propriedade antes do evento”, avalia a professora. Já o professor Adriano Maixner complementa que o desafio está em encontrar as soluções, pois pesquisas que apontam os diversos problemas já existem. “Sabemos também que existem demandas do campo para aproximar as UOs, extensionistas e os grupos de trabalho, e é isso que nos desafia”, afirmou Maixner.

Avaliação dos avanços nas UOs é um dos encaminhamentos propostos

Também foi discutida a questão dos avanços visíveis que as UOs tiveram. Contudo, não há registros disso. Por isso, o grupo sugeriu que cada escritório municipal da Emater/RS-Ascar elabore um relato em forma de avaliação, a fim de analisar como está o trabalho nas propriedades. Na oportunidade, foi apresentada a planilha, que será preenchida pelas equipes municipais da Emater/RS-Ascar.

Já em relação às vinculações dos trabalhos da Rede Leite com as prefeituras e secretarias de agricultura, a proposta é que seja formada uma comissão de representantes da Rede Leite para reuniões com as Associações de Municípios da região, no próximo ano.


Informações
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Ijuí
Jornalista Cleuza Noal Brutti
Estagiária Jaqueline Peripolli