Reunião da Rede Leite avalia resultados e futuros projetos


Integrantes do programa reuniram-se na terça-feira em Santo Augusto.


Encontro debateu ingresso de novos projetos e uso de planilhas.

 

Uma pausa para avaliar o trabalho e projetar ações futuras. Esse foi o objetivo da terceira reunião ordinária da Rede Leite, realizada na terça-feira (9/10), em Santo Augusto, no campus do Instituto Federal Farroupilha.

 O crescente número de projetos que estão sendo pensados no âmbito da Rede Leite foi um dos temas do encontro que reuniu representantes dos sete Grupos Temáticos da Rede Leite (Comunicação, Forrageiras, Econômico, Fora da Porteira, Qualidade do Leite e Sanidade Animal, Social e Ambiental), além do coordenador regional da secretaria estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Júlio Paris. A professora da Unicruz, Rosane Felix, por exemplo, enumerou quatro projetos do GT Social, os quais tratam de saúde, gênero, sucessão rural e idosos.  O tema fez crescer o debate sobre a necessidade de se regrar o ingresso de novos projetos na Rede. Sobre esse aspecto, o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, João Schommer, frisou a importância de não se perder de vista o paradigma pesquisa-desenvolvimento que norteia a Rede Leite. Através desse paradigma, segundo Schommer, os pequenos produtores de leite e os extensionistas rurais também se apropriam da pesquisa, além dos pesquisadores.

 O Programa Rede Leite, que vem operando oficialmente desde 2008 em um processo metodológico e pedagógico, valoriza todos os aprendizados, a partir da interação entre diferentes pessoas. “Esse talvez seja o grande diferencial da Rede Leite em relação a outros processos em curso”, disse o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Gustavo Martins da Silva.

 Uma das ideias defendidas foi a de que os projetos que pretendem ter um vínculo com o programa devem, necessariamente, ser apreciados por, pelo menos, um Grupo Temático. “Essa equipe faria uma avaliação se, de fato, a proposta está de acordo com a linha de trabalho da Rede Leite”, sugeriu Silva. Aprovado nessa etapa, continuou o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, outros aspectos do projeto seriam analisados, como “a mobilização de recursos humanos, financeiros, materiais e logística”.

 As planilhas, em especial a Planilha de Sistematização de Produção (PSP), que os extensionistas utilizam para ampliar a visão que têm do sistema de produção de leite nas pequenas propriedades rurais também foram analisadas.  

 A PSP, segundo os participantes do encontro, tem a vantagem de reunir informações de todo o sistema produtivo e não apenas da atividade leiteira. No entanto, ficou evidente que há necessidade de capacitar tanto os extensionistas como os bolsistas que irão utilizá-la, devido a sua complexidade. “A Unidade de Observação (UO) é a base da Rede Leite para pesquisa-desenvolvimento e é ali que precisamos obter os principais resultados”, opinou a pesquisadora da Fepagro, Corália Medeiros.

 Por último, foi acertado que a PSP será mantida como ferramenta principal da Rede Leite. “É importante que todas as Unidades de Observação sejam minimamente acompanhadas pela PSP. Para tanto, a Rede necessita continuar valorizando e reforçando seu uso no trabalho dos extensionistas e agricultores”, disse o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul.

 O encontro realizado em Santo Augusto também serviu para que os representantes da Rede Leite avaliassem o I Fórum Técnico da Rede Leite, realizado no mês de agosto. A maioria das avaliações foi positiva e considerou satisfeito o principal objetivo do fórum que, segundo o gerente adjunto da Emater/RS-Ascar d a região administrativa de Ijuí, Antônio Altíssimo, foi o de aproximar extensionistas e pesquisadores.  "O principal sentido de rede é este, convergir olhares", concluiu o pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Alberi Noronha. 

 

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